O RETORNO AO AMOR DO PAI

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O RETORNO AO AMOR DO PAI

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A experiência é algo singular na vida de cada ser humano. Ela é diferente para cada pessoa, mas faz toda a diferença na vida, tanto para o presente, quanto para o futuro da pessoa, e, mais ainda, para a posteridade, os descendentes. O valor da experiência varia de pessoa para pessoa. Ocorre que, na maioria das vezes, ela chega a nós em idade adulta, em alguns casos na velhice. Algumas pessoas, a tem em tenra idade, conseguem assimilar e fazer bom uso dela ainda na juventude, em seu próprio benefício. Este exemplo não se aplicará ao caso do filho que pegou a parte de sua herança, que viria no tempo da morte de seus pais. Este filho, de forma açodada, precipitada, pediu ao seu pai, a antecipação de sua parte na herança, no que seu pai, prontamente o atendeu.

Certamente, este pai não primou pelo principio do direito à herança, que deveria ocorrer no tempo certo. A sua bondade e amor exagerado, foi o que mais contribuiu com o desastre e fracasso de seu filho. Pois, este pôs fora toda a parte de herança que lhe foi antecipada. Um típico caso de herança maldita, que foi dada fora do tempo. Um benefício, antes de tudo, imerecido, inadequado e extemporâneo. Este pai foi traído pela bondade exagerada de seu coração, isto, em nosso entendimento, pouco racional, pois este devia conhecer o seu filho. Ele deveria ter percebido, por sapiência e percepção, a inexperiência de seu filho; e, ainda autonomia, para tomar conta do próprio rumo. Mesmo assim, nunca levando consigo a parte de uma herança inexistente, pois herança, só é moral e real, e legalmente correta, em caso de morte dos seus pais;  nunca com eles em vida.

A atitude deste pai levou o seu filho a grandes decepções e derrotas, vindo este a passar grandes tribulações, inclusive fome. Desejando até se alimentar de bolotas dadas aos porcos; o que o levou a sentir saudades da casa dos pais. A devassidão levara este filho a gastar todo o dinheiro arrecadado, resultado do descuido e uma deliberação patriarcal. Os registros que temos é que este filho foi para uma terra distante. Certamente, por sua escolha, sentiu vontade de sair da cobertura paterna e se virar sozinho num mundo, que desconhecia. A depravação foi uma das causas da dilapidação de sua herança. Este, não tinha a sabedoria e nem experiência para governar a sua vida de forma eficiente, e muito menos saber granjear o seu quinhão, fazendo uma espécie de multiplicação dos pães.

A sua falta de experiência proporcionou-lhe perder tudo e ficar na miséria. Herança fora de época apropriada gera maldição e até morte; ainda bem que esse rapaz teve a feliz ideia de retornar ao seio de sua família, de onde não deveria ter saído. Nesta parábola podemos retirar, para a nossa vida, algumas boas lições. Nunca é tarde! O amor do Pai, principalmente, é uma delas.